Glossário de Termos e Expressões Budistas
O presente glossário atualizado, com mais de 2.000 verbetes foi compilado de diversas fontes disponíveis na Internet, e de livros sobre Budismo
[Sk]: do Sânscrito; [Jp]: do Japonês; [Lt]: do Latim; [Ch] do Chinês, [Tib] do Tibetano.
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
C - Glossário de Termos Budistas – www.shinrangakuto.com.br |
cães-leões ou cães-foo / cães-fu / cães shishi / komainu (狛 犬) - lit. "Cães coreanos". Figuras semelhantes a leões colocadas na entrada de um templo ou santuário para afastar os espíritos malignos. Leões-guardiões chineses ou imperiais são um ornamento arquitetônico tradicional chinês. Normalmente feitos de pedra, eles também são conhecidos como leões de pedra ou shishi. Veja também Shitenno: os quatro guardiões do budismo japonês e Kongōrikishi (金剛力士), Niōmon (仁王門) ou Niō (仁王) |
Caminho Branco Entre os Dois Rios / Niga Byakudô Parábola de Shan Tao |
Caminho do meio (sânscr. madhyamā-pratipad; jap. chū dō) Caminho que transcende posições extremas. A prática de evitar pontos de vista extremos e escolhas de estilo de vida. O termo também indica a verdadeira natureza de todos os fenômenos, que não pode ser definida por categorias absolutas como as de existência e não existência. |
cankama: meditação andando, em geral na forma de caminhar indo e voltando ao longo de um trecho predeterminado.[Mais] |
Carma
(Karma, Kamma): Ações intencionais que afetam as circunstâncias de uma
pessoa nesta vida e em vidas futuras. A insistência do Buda de que o
efeito depende da volição marca o tratamento budista de kamma como
diferente da compreensão hindu de carma.) A palavra “carma” tem sua
origem no sânscrito karma ou karman e significa “ação”. O budismo
explica que a vida é eterna e que é o carma que determina a trajetória
de uma pessoa, ou seja, as ações por ela praticadas é o que traça sua
sorte nesta existência e nas futuras, assim como suas ações de um tempo
passado são os fatores que definiram sua realidade atual. Ao estabelecer
um paralelo com o termo “destino”, pode-se dizer que carma é uma espécie
de destino que está constantemente sendo atualizado e alterado conforme
as ações do indivíduo, sendo ele o único responsável, tanto pelo
presente como pelo futuro. Neste caso, cada pessoa é protagonista de sua
grande peça na qual ela própria é roteirista e diretor. As ações às
quais o budismo se refere são identificadas como três: física, verbal e
mental. Isso significa que uma pessoa forma o carma pelos seus atos,
suas palavras e seus pensamentos. Mesmo que não se traduza os
pensamentos em palavras ou atos, e mesmo que ninguém mais saiba, essa
“ação” em si já registrou um efeito para sua vida. Lei de ação e seus
resultados. Conforme a ação for virtuosa ou não virtuosa, os seus
resultados serão positivos e proporcionarão felicidade, ou negativos e
proporcionarão sofrimento. |
Cartas de Rennyo Shonin (jap. Gobunshô ou Ofumi) Cartas escritas pelo Mestre Rennyo (1415-1499) (ver Rennyo Shonin), oitavo patriarca da linhagem genealógica do fundador da Verdadeira Escola da Terra Pura (jap. Jodoshinshu) (ver Escola Shin-budista da Terra Pura), Mestre Shinran (1173-1262) (ver Shinran Shonin). Estas cartas consistem de uma coletânea de cinco volumes contendo mais de oitenta cartas endereçadas aos seus adeptos com o intuito de transmitir a mensagem do Dharma (ver Dharma). Utilizando-se de linguagem simples e compreensível, estas cartas eram distribuídas e lidas entre monges e leigos nas reuniões para discutir e ouvir o ensinamento do Buda. |
Causalidade (Lei da, Princípio da) - Há mais de dois mil e seiscentos anos, na Índia, Buda Shakyamuni (Siddhartha Gautama) já ensinava que para toda e qualquer consequência, com certeza existiu uma causa, que não há nada que aconteça sem causa, por acaso. |
Cerimônia no Ar (jap. kokū-e) Uma das três assembléias descritas no Sutra do Lótus, em que toda a multidão é suspensa no espaço, acima do mundo saha. Estende-se do capítulo 11, “Torre de Tesouro”, ao 22, “Transferência”. Os pontos centrais dessa cerimônia são revelar a iluminação original do Buda [Shakyamuni] no remoto passado e transferir a essência do sutra aos bodisatvas da terra. |
Cetana Vontade |
cetana: intenção, volição. |
cetasika: ‘fatores mentais’. São os fatores mentais que estão associados e que surgem em concomitância com a consciência (citta=viññana) e que são condicionados pela presença desta. Enquanto que nos suttas todos os fenômenos da existência são agrupados em 5 agregados: forma (rupa), sensação (vedana), percepção (sañña), formações mentais (sankhara), consciência (viññana), o Abhidhamma, como regra, trata os fenômenos sob um aspecto mais filosófico em três aspectos: consciência (citta), fatores mentais (cetasika) e forma (rupa). Dessa forma, os fatores mentais compreendem a sensação, percepção e 50 outros fatores, o que no todo resulta em 52 fatores mentais.[Mais] |
Cetiya Um relicário contendo objetos sagrados de veneração |
ceto-vimutti: libertação da mente. Com o sentido mais elevado significa a fruição do estado de arahant, e em particular a concentração a ela associada. Em geral a libertação da mente acompanha a libertação através da sabedoria, (pañña-vimutti). Também pode ser chamada de libertação inabalável da mente ou libertação da mente sem sinais, visto que esse estado mental está livre da cobiça, raiva e delusão. A libertação imensurável da mente tem um sentido mais restrito e corresponde aos quatro brahma-viharas. |
CH’AN (chin.) – veja ZEN. CHA-NO-YU (jap.) – cerimônia do chá. |
CH’ENG-SHIH (chin.; jap. JÔJITSU) – escola chinesa, baseada nos ensinamentos da filosofia indiana SAUTRANTIKA; seu texto principal é o SATYASIDDHI, escrito por HARIVARMAN (século IV). |
CHAKRA (sânsc.) – roda; centro de energia sutil. |
Chanda intenção, interesse, desejo de agir, aspiração aspiração, desejo. 1 - Como um termo psicológico neutro sob o ponto de vista ético, com o sentido de ‘intenção,’ é um dos fatores mentais gerais (cetasika) ensinados no Abhidhamma, cuja qualidade moral é determinada pelo caráter da volição (cetana) à qual esteja associada. 2 – Como qualidade ruim tem o significado de ‘desejo’ e está com freqüência associado com termos relativos a sensualidade, cobiça, etc, por exemplo: kama-cchanda, ‘desejo sensual,’ um dos cinco obstáculos (nivarana); chanda-raga, ‘desejo voluptuoso’. 3 – Como qualidade boa é a vontade íntegra ou zelo (dhamma-chanda). |
CHENREZIG (tib. SPYAN RAS GZIGS) – veja AVALOKITESHVARA. |
CHIEN-CHEN (chin.; jap. GANJIN) – monge chinês (688-763), fundador da escola LÜ-TSUNG (jap. RITSU). |
CHIH-I (chin.; jap. CHISHA) – monge chinês (538-597), fundador da escola T’IEN-T’AI (jap. TENDAI). |
CHIH-KUAN (chin.) – veja SHAMATHA-VIPASHYANA. |
CHIH-TUN – monge chinês (314-366), fundador da escola Prajna. |
CHI-KUAN (chin.) – veja KÔAN. |
CHING-T’U[-TSUNG] (chin.; jap. JÔDO-[SHÛ]) – escola fundada pelo monge chinês HUI-YÜAN em 402, centralizada na veneração do Buddha AMITABHA. |
chinju (鎮守/ 鎮 主) - o kami tutelar ou santuário tutelar de uma determinada área ou templo budista . [2] |
Chinjusha (鎮守 社 / 鎮 主 社) - um pequeno santuário construído em um templo budistae dedicado ao seu kami tutelar. |
Chion hôtoku, conhecer e corresponder à gratidão. Tornar-se alguém que corresponde com gratidão à benevolência de Amida e Sakyamuni. |
CHI-TSANG – monge chinês (549-623) da escola SAN-LUN (SANRON), autor de diversos comentários sobre a filosofia MADHYAMIKA. |
CHITTAMATRA (sânsc.) – apenas mente; principal ensinamento da filosofia YOGACHARA. |
CHÖ (tib. BCOD) – cortar; no buddhismo tibetano, medição para “cortar” o conceito de personalidade. |
CHÖRTEN (tib. CHOS RTEN) – veja STUPA. |
chōzuya (手 水 舎) - veja temizuya |
CHU-HUNG – monge chinês (1535-1615) que desenvolveu um movimento leigo, combinando as escolas ZEN e JÔDO. |
chūmon * (中 門) - em um templo, o portão após o nandaimon conectava-se a um kairō . Ver também seg |
CHU-SHE (chin.; jap. KOSHA) – escola chinesa baseada nos ensinamentos do ABHIDHARMA-KOSHA; fazia parte da escola FA-HSIANG (jap. HOSSÔ). |
Cinco elementosTerra, água, fogo, vento e espaço. Existem cinco elementos interiores (ligados ao continuum de uma pessoa) e cinco elementos exteriores (fora do continuum de uma pessoa). |
Cinco
períodos de quinhentos anos
Cinco subdivisões do três
períodos após a passagem do Buda
(三
時
繫念
Cn: sānshí
; Jp: sanji ; Vi: tam thời ), significativo para muitos
adeptos do Mahayana: |
Cinco Perversidades são: 1) parricídio; 2) matricídio; 3) matar um Mestre; 4) perturbar a harmonia da Comunidade Budista; 5) derramar o sangue de um Buda. |
Cinco sabedorias oniscientesAs cinco excelsas sabedorias de um Buda. São elas: espelho, da igualdade, da realização singular, de cumprir atividades e do Dharmadhatu. |
Cinco venenos – raiva/medo, obtusidade mental, desejo/apego, inveja e orgulho. São chamados de venenos porque potencializam os impulsos para as dez ações não virtuosas, e assim criam todo os sofrimentos da roda da vida. |
citta: mente; coração (de um ponto de vista psicológico); o centro e o foco da natureza emocional do homem bem como aquele elemento intelectual que lhe é inerente e acompanha as suas manifestações; pensamento. O significado de citta é melhor compreendido quando explicado através de expressões convencionais que nos são mais familiares, como: com todo meu coração; coração e alma; não tenho coração para fazer isso; abençoados são aqueles puros de coração. Esses exemplos enfatizam o aspecto ou “pensamento” emocional e conativo mais do que o aspecto mental e racional (em relação a estes veja mano e viññana). Pode portanto ser interpretado como estado de humor, estado mental, disposição, reação a impressões. Também deve ser mencionado, como complemento a essa interpretação, que citta quase sempre ocorre no singular (=coração) e de 150 casos nos Nikayas apenas 3 vezes ocorre no plural (=pensamentos). Em alguns suttas citta aparece como sinônimo de viññana e mano.O Dhammasangani divide todos os fenômenos em consciência (citta=viññana), fatores mentais (cetasika) e forma (rupa).[Mais] |