Glossário de Termos e Expressões Budistas

O presente glossário atualizado, com mais de 2.000 verbetes foi compilado de diversas fontes disponíveis na Internet, e de livros sobre Budismo

[Sk]: do Sânscrito; [Jp]: do Japonês; [Lt]: do Latim; [Ch] do Chinês,  [Tib] do Tibetano.

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abhidhamma: (1) nos discursos do Cânone em Pali, este termo simplesmente significa "Dhamma mais elevado ou superior."[Mais] (2) Uma coleção de tratados analíticos baseados em listas de categorias extraídas dos ensinamentos dos discursos, adicionado ao Cânone vários séculos após a morte do Buda.[Mais]

ABHIDHARMA PITAKA (sânsc.; paliABHIDHAMMA PITAKA) – compilação de ensinamentos sobre filosofia, psicologia e metafísica. Veja TRIPITAKA.

ABHIDHARMA-KOSHA (sânsc.) – texto do monge indiano VASUBANDHU (século V) sobre a escola SARVASTIVADA.

abhijanati: conhecimento direto, compreensão direta. Compreender através da experiência. Saber por inteiro ou a fundo. O conhecimento dos fenômenos de acordo com o padrão estabelecido pelas Quatro Nobres Verdades. Esse conhecimento é partilhado tanto pelo arahant como pelo sekha. Veja também parijanati.

abhiñña: os seis tipos de poderes ou conhecimentos supra-humanos resultantes do conhecimentos direto: poderes mágicos, ouvido divino, penetrar as mentes de outros,  relembrar vidas passadas, olho divino, extinção de todas as impurezas da mente, sendo que apenas este último é considerado supramundano, (lokuttara), enquanto que os demais são mundanos, (lokiya).  (veja asava).

ABHISHEKA (sânsc.; tib. WANGKUR/ DBANG SKUR) – ordenação, iniciação. ACHAAN, AJAHN – professor ou monge mais velho no buddhismo tailandês.

acariya: mestre; mentor. Veja kalyanamitta.

ACHARYA (sânsc.; jap. AJARI) – professor, mestre.

adhitthana: determinação; decisão. Uma das dez perfeições (paramis).

ADI-BUDDHA – veja SAMANTABHADRA.

adinava: perigo, desvantagem. O perigo é o contínuo aprisionamento ao ciclo de samsara através por exemplo dos prazeres sensuais.[Mais]

AGAMA (sânsc.; pali NIK?YA) – coleção de escrituras buddhistas (SUTRA).

AGREGADO – veja SKANDHA.

Agyō (阿形) - Um tipo de estátua (de um Nio, komainu, etc.) com a boca aberta pronunciar o som "a", primeira letra do sânscrito alfabeto e símbolo do começo de todas as coisas. Veja também ungyō .

ahara: alimento, nutrimento. Os quatro alimentos são comida, contato, volição e consciência. Os alimentos são condições, (paccaya), pois as condições são chamadas de alimentos, (ahara), porque elas nutrem (ou produzem) os seus próprios efeitos. Embora existam outras condições para a existência, apenas estas quatro são chamadas de alimento porque servem como condições especiais para o contínuo da vida. A comida é uma condição importante para o corpo físico, o contato para a sensação, a volição mental para a consciência e a consciência para a mentalidade-materialidade (nome e forma), o organismo psicofísico na sua totalidade. O desejo é denominado a origem do alimento no sentido de que o desejo na existência anterior é a fonte da presente individualidade que depende e consome continuamente os quatro alimentos nesta existência.[Mais]

AHIMSA (sânsc. e pali) – não-violência.

AISSATSU Cumprimento, Saudações em japonês. Saudações são parte importante das interações sociais em qualquer cultura do mundo. Dentro de sua característica mais reservada, o Japão tem o seu próprio conjunto de saudações, com regras muito específicas. Algumas saudações em japonês e suas ocasiões de uso podem ser diferentes das que você está habituado. A melhor coisa a se fazer é aprender o que dizer em cada ocasião.

ajaan: (Tailandês; também "Ajarn", "Ajahn", etc.). Mestre; mentor. Equivalente ao Pali acariya.

AKÁ - Vermelho

akaliko: atemporal; não condicionado pelo tempo ou estação.

AKEMASHITE OMEDETŌ (GOZAIMASSU) Feliz ano novo

AKSHOBHYA – um dos cinco DHYANI-BUDDHAS.

akusala: prejudicial, inábil. São todas as vontades kammicas (kammacetana, s. cetanae a consciência e fatores mentais a elas associados que são acompanhados pela cobiça/desejo (lobha), raiva/aversão (dosa) ou apenas delusão (moha). Todos esses fenômenos são causas para resultados kammicos desfavoráveis e contêm as sementes para renascimentos desfavoráveis.Veja o seu oposto, kusala.

ALAYA-VIJNANA (sânsc.)- consciência armazém; conceito da escola YOGACHARA para definir uma consciência cósmica que armazena todos os fenômenos.

Amida [jp] O nome do Buda da Terra Pura Ocidental, que vem do sânscrito amita (infinito), que por sua vez representa amitabha ‘luz infinita’ e amitayus ‘vida infinita’. O Sutra Maior apresenta doze epítetos para este Buda, os quais estão associados com os doze tipos de luz que ele possui. Amida é um dos mais populares Budas no Budismo Mahayana e é mencionado em mais de 200 sutras, dos quais o Sutra Maior é o mais importante. De acordo com esta escritura sagrada, Amida foi um rei que encontrou-se com um Buda e desejou tornar-se, ele próprio, um Buda. Daí renunciou ao mundo e se tornou um mendicante chamado Dharmakara. Fez quarenta e oito votos e desenvolveu várias práticas de bodisatva para completá-los. Depois de muitos éons seus votos se realizaram, e assim ele se tornou um Buda de luz e vida infinitas. Sua terra no oeste, que é também parte do resultado de seus Votos e práticas, é chamada Sukhavati (A Mais Alta Felicidade). Como prometido no Décimo Oitavo Voto, aqueles que tiverem fé sincera em Amida e recitarem o seu Nome (Nembutsu) estarão aptos, através do poder deste Buda, a nascer em sua terra após a morte. Amida é um Buda transcendente, em contraste com um Buda histórico. A escola de budismo centrada em Amida é conhecida como Budismo da Terra Pura, que nasceu na Índia, cresceu na China e atingiu seu completo desenvolvimento no Japão. Amida é, portanto, o Buda principal desta escola.

Amida Nyorai ( 弥陀 ) - nome japonês de Amitabha , divindade adorada principalmente pela seita Terra Pura

Amitabha (sânsc.; chin. O-MI-TUO; jap. AMIDA; tib. ÖPAGMED/ ‘OD DPAG MED) Iluminado Aceso. "O Buda da Luz Infinita". O buda principal do Escola terra pura, mas também é popular em outras seitas Mahayana. A imagem é de luz como forma de sabedoria, que não tem forma. Também interpretado como o Tathagata da Luz Desimpedida que Penetra os Dez Quartos por Tan Luan, Shinran e outros – um dos cinco DHYANI-BUDDDHAS, associado à TERRA PURA do oeste, Sukhavati.

Amitabha: Buda tendo luz ilimitada.

Amitayus: Buda tendo vida ilimitada.

anagami: que não retorna. Uma pessoa que abandonou os cinco primeiros grilhões que aprisionam a mente ao ciclo de renascimentos (veja samyojana), e que após a morte irá renascer em um dos mundos de Brahma denominados as Moradas Puras, para aí realizar o parinibbana, nunca mais retornando desse mundo.

ANAGARIKA (sânsc.) – monge sem casa.

Ananda (sânscr. Ānanda; jap. Anan) primo do Buddha SHAKYAMUNI e um de seus principais discípulos. Um dos dez principais discípulos de Shakyamuni. Era primo de Shakyamuni e irmão mais novo de Devadatta. Durante muitos anos acompanhou Shakyamuni como assistente pessoal e, desse modo, de todos os discípulos, foi o que mais ouviu os ensinamentos do mestre. Por essa razão, ficou conhecido como o ouvinte mais notável dos ensinamentos do Buda. Ananda destacava-se também pela extraordinária memória, que lhe permitiu desempenhar papel central na compilação dos ensinamentos de Shakyamuni no Primeiro Concílio budista, realizado após a morte do Buda.

ANAPANASATI (pali) – meditação sobre a respiração.

anapanasati: atenção plena na respiração. É uma das práticas de meditação mais importantes para alcançar a concentração (samadhi) e as quatro absorções (jhana). O método é descrito no Anapanasati Sutta (MN 118); no Satipatthana Sutta(MN 10) e (DN 22); no Kayagatasati Sutta (MN 119).

ANATMAN (sânsc.; pali ANATTA) – não-eu, não-ego, não-essência; ausência de qualquer indivíduo ou essência independente ou permanente. Veja TRILAKSHANA.

anatta: não-eu, ausência de um eu, é a última das três características da existência (ti-lakkahana). A doutrina de anatta ensina que nem nos fenômenos corporais nem nos mentais ou quer seja fora deles, pode ser encontrada qualquer coisa que no final da contas possa ser considerada como um eu ou ego, ou outra substância inerente qualquer. Esta é uma doutrina central no Budismo da qual depende toda a estrutura dos ensinamentos. Qualquer um, que não tenha penetrado essa impessoalidade de toda a existência e não compreenda que na realidade apenas existe esse contínuo processo de surgimento e desaparecimento de fenômenos mentais e corporais e de que não existe um eu separado como parte ou fora desse processo, não será capaz de compreender o Budismo. [Mais][Mais]    

ANGUTTARA-NIKYA (pali) – Coleção Numérica; uma das seções do SUTTA PITAKA.

Anicca (traduzido do páli, "impermanência". Lê-se /anit-txá/.) Anicca é um dos conceitos essenciais para a descrição do universo segundo o budismo. Diz respeito à constante mutação de todas as coisas que compõe o universo. Compreender a impermanência é de extrema importância dentro do contexto budista.
Anicca (traduzido do páli, "impermanência". Lê-se /anit-txá/.[1]) é um dos conceitos essenciais para a descrição do universo segundo o budismo (junto com dukkha e anatta, compõe as três marcas da existência). Diz respeito à constante mutação de todas as coisas que compõe o universo. Compreender a impermanência é de extrema importância dentro do contexto budista. Assim como as quatro nobres verdades são reconhecidas por todas as escolas budistas, a impermanência é um ensinamento presente em todas as linhagens.
Descrição: Basicamente, todos os fenômenos são impermanentes. Entenda-se por fenômeno qualquer ideia de existência, seja de um "eu", de um "outro", de um "objeto", de uma "experiência" etc. Os fenômenos são impermanentes devido à sua natureza composta, ou seja, existem a partir de causas e condições. Quando as causas e condições cessam, o fenômeno cessa também.
Os relacionamentos cessam, os governos, os países, as empresas... todos cessam, mudam o tempo todo, pois dependem de outros fatores, que, por sua vez, também são compostos e assim sucessivamente.
Podemos perceber a impermanência operando em nossas vidas diariamente. Contemplar isso é de extrema utilidade, pois faz cessar o nosso apego exagerado, o nosso "agarrar" exagerado.

anicca: impermanente, inconstante, instável, incerto, é a primeira das três características da existência (ti-lakkahana). É a partir da impermanência que, na maioria dos suttas, as outras duas características, sofrimento (dukkha) e não-eu (anatta), são derivadas. [Mais]

ANITYA (sânsc.; pali ANITTA; chin. WU-CH’ANG; jap. MUJÔ; tib. MI RTAG PA/ MITAGPA) – impermanência. Veja TRILAKSHANA.

Anjin [Jp] Paz da mente, coração estabilizado; fé; certeza; crença firme; usada com um equivalente de shijin ou fé, e é provida ao budista por Amida

Anjitsu / Anshitsu (庵室, lit. "Hermitage Residence" ) - Uma Hermitage

ANSHIN Tranquilidade

ANTARABHAVA (sânsc.) – veja BARDO.

anupadisesa-nibbana: nibbana sem restar nenhum combustível (a analogia é um fogo que foi extinto cujas brasas estão frias) - o nibbana do arahant após a sua morte. [Mais]

anupassana: (passana - ver; anu - continuar, sustentar), portanto anupassana significa ver repetidas vezes ou ver de perto.

anupubbi-katha: instrução gradual, treinamento gradual. O método do Buda de ensino do Dhamma que guia os ouvintes progressivamente através de tópicos cada vez mais avançados: generosidade (veja dana), virtude (veja sila), paraísos, desvantagens (dos prazeres sensuais), vantagens da renúncia, e por fim culminando com as quatro nobres verdades.[Mais]

Anuradha, Anuradha ou Anuruddha - Anuruddha (Pali: Anuruddhā; Sinhala: අනුරුද්ධ මහ රහතන් වහන්සේ) foi um dos os dez principais discípulos e um primo de Gautama Buda.

anusaya: inclinações, tendências latentes ou subjacentes, ou obsessões que em geral são 7 em número (AN VII.11): desejo sensual (kama-raga), aversão (patigha), idéias (dithi), dúvida (vicikiccha), presunção (mana), desejo por ser/existir (bhavaraga), ignorância (avija). No MN 64 são identificadas 5 tendências subjacentes idênticas aos cinco primeiros grilhões, (samyojana); no MN 148 são identificadas 3 tendências subjacentes, (desejo, aversão, ignorância), que têm as sensações como condição. Nos comentários as impurezas são identificadas como ocorrendo em três níveis: nível anusaya, no qual elas permanecem como inclinações latentes na mente; nível pariyutthana, onde elas surgem para obcecar e escravizar a mente; e nível vitikkama, onde elas causam as ações corporais e verbais prejudiciais.

ANUTTARA-SAMYAK-SAMBODHI (sânsc.; jap. ANOKUTARA-SANMYAKU-SANBODAI) – iluminação insuperável, completa e perfeita.

apaya-bhumi: destino infeliz: os quatro planos ou mundos inferiores de existência no qual alguém pode renascer como resultado de ações inábeis no passado (veja kamma): renascimento no inferno, como um fantasma faminto (veja Peta), como um Titã (veja Asura), ou como um animal comum. Nenhum desses estados é permanente. Compare com sugati.[Mais]

apaya-mukha: caminho para um destino infeliz – relações sexuais extra conjugais; entregar-se a substâncias embriagantes; entregar-se ao jogo; associar-se com pessoas más. A realização desses atos prepara o caminho para o renascimento em um dos mundos inferiores. (veja apaya-bhumi).

appamada: aplicação, zelo, diligência, seriedade, é considerado como a base para todo progresso. O seu oposto é a negligência (pamada). “Dessa forma, bhikkhus, eu os encorajo: todas as coisas condicionadas estão sujeitas à dissolução. Esforçem-se pelo objetivo com diligência.” Essas foram as últimas palavras do Tathagata.[Mais]

arahant: "digno" ou "puro"; uma pessoa cuja mente está livre de contaminações (veja kilesa), que abandonou todos os dez grilhões que aprisionam a mente ao ciclo de renascimentos (veja samyojana), cujo coração está livre de impurezas (veja asava), e que dessa forma não está destinado a um futuro renascimento. Um título para o Buda e o nível mais alto dos seus Nobre Discípulos.[Mais]

arammana: objeto. Podem ser de seis tipos: forma visível, som, aroma, sabor, tangível e objeto mental.

Araya - O sânscrito original é Arayashiki. Araya - significa depósito e -shiki significa mente ou consciência. O Verdadeiro Eu também é conhecido como Mente Araya. Portanto, ela pode ser referida como a mente armazenadora. É como um cofre ou uma unidade de armazenamento. O budismo ensina que existem oito mentes nos seres humanos. Sete deles desaparecem na morte com o corpo físico, mas a mente Araya permanece. A mente Araya é o nosso eu desde as incontáveis ​​eras passadas. Isso dura para sempre, muito depois de nossa morte. Ele flui do começo sem começo para o futuro sem fim. É o fluxo invisível da vida. Ao longo da vida, realizamos vários atos e ações que se enquadram em três categorias. Eles também são conhecidos em japonês como Go ou karma.

A-REI - Cumprimento sentado

Arhat / Arahants /arakan / rakan (阿羅漢) (sânsc.; pali ARAHAT, chin. LO-HAN, jap. RAKAN; tib. DRACHOMPA/ DGRA BCOM PA) – aceso. "o Digno", uma pessoa viva que alcançou a iluminação ser perfeito, aquele que conseguiu superar o sofrimento do SAMSARA e alcançar o NIRVANA; o objetivo das escolas não-Mahayana. Pode ser ouvinte (SHRAVAKA) ou realizador solitário (PRATYEKA-BUDDHA). O nível mais alto da prática ascética budista, ou alguém que o atingiu. O termo geralmente é reduzido para apenas rakan (羅漢).Pessoas que atingira um estado de iluminação tão grande que não precisam mais reencarnar. Discípulo iluminado . O quarto e mais alto estágio de realização reconhecido pela tradição Theravra . Aquele cuja mente está livre de toda ganância. ódio e ignorância.

ARIGATO (GOZAIMASU) (Muito) Obrigado, UM SIMPLES AGRADECIMENTO ありがとArigato Obrigado.
Arigato (muitas vezes transcrito como “
Arigatou”) é a maneira mais fácil de dizer obrigado em Japonês. Eu aconselho o uso deste termo apenas com pessoas que já conhece. Evite dizê-lo a pessoas que possuem um status profissional ou social mais elevado que o seu.

ariya: nobre, ideal. Também, "Alguém Nobre" (veja ariya-puggala).

ariyadhana: riqueza Nobre; qualidades que servem como 'capital' na busca pela libertação: convicção (veja saddha), virtude (veja sila), vergonha de cometer transgressões(hiri), temor de cometer transgressões (ottapa), estudo, generosidade (veja dana), e sabedoria (veja pañña).

ariya-puggala: pessoa nobre. Um indivíduo que realizou pelo menos um dos quatro nobres caminhos supramundanos - ou melhor um caminho com quatro níveis de refinamento - são o caminho para 'entrar na correnteza' (sotapanna), o caminho para 'um retorno somente' (sakadagami),  o caminho para 'não retorno' (anagami), e o caminho para  arahant. Veja phala. Compare com puthujjana (mundano).[Mais]

ariya-sacca: nobre verdade. A palavra "ariya" (nobre) também pode significar ideal ou padrão, e nesse contexto significa verdade "objetiva" ou "universal". "Sacca" também pode significar realidade ou atual. Existem quatro: sofrimento, a origem do sofrimento, a cessação do sofrimento, e o caminho da prática que conduz à cessação do sofrimento.[Mais]

Árvore de Bodhi - A Árvore de Bodhi ou Figueira de Bodhi Figo Sagrado (Ficus religiosa) árvore sob a qual Gautama alcançou a Iluminação era uma grande e antiga figueira sagrada da espécie Ficus religiosa localizada em Bodh Gaya, Bihar, na Índia. Siddhartha Gautama, o líder espiritual que fundou o budismo, teria atingido a Iluminação espiritual (Bodhi) por volta de 500 a.C. sob ela. Na iconografia budista, a Árvore Bodhi é representada por suas folhas em formato de coração, que geralmente são exibidas com destaque. O termo "árvore de Bodhi" também é aplicado de maneira genérica a qualquer árvore da espécie Ficus religiosa. É conhecida como a Árvore da Sabedoria.

ARYADEVA – monge indiano (século III), discípulo de NAGARJUNA; um dos fundadores da filosofia MADHYAMIKA.

ARYASATYA (sânsc.; pali ARYASATTA) – veja QUATRO VERDADES NOBRES.

ASANGA – monge indiano (século IV), fundador da escola YOGACHARA, irmão de VASUBANDHU.

asava: impureza, mácula, úlcera, corrupção. Quatro tipos – desejo sensual(kamasava), desejo e cobiça pelos cinco elementos do prazer sensual; entendimento incorreto ou idéias incorretas, (ditthasava), os 62 tipos de idéias descritas no Brahmajala Sutta (DN 1)desejo por ser/existir(bhavasava), desejo e cobiça pela existência nos planos materiais e imateriais e apego a jhana; ignorância, desconhecimento das quatro nobres verdades, (avijjasava). Uma lista de três qualidades, omitindo o entendimento incorreto, é provavelmente mais antiga e aparece com mais freqüência nos suttas. O agrupamento das quatro qualidades também aparece sob os nomes ‘torrente,’ (ogha), e ‘grilhões,’ (yoga). Os asava são uma classificação das contaminações consideradas no seu papel de sustentação do ciclo samsárico. Os comentários derivam a palavra a partir da raiz su que significa “fluir”. Existe divergência entre os estudiosos sobre se o fluxo implícito no prefixo é para fora ou para dentro; por conseguinte alguns o interpretam como “fluxo para dentro” ou “influências”, outros como “fluxo para fora” ou “efluentes”. Um trecho encontrado com freqüência nos suttas indica no entanto o real significado do termo, independentemente da sua etimologia, quando descreve os asavas como estados “que contaminam, resultam na renovação dos seres, trazem problemas, causam sofrimento e conduzem a um futuro nascimento, envelhecimento e morte”. Dessa forma outros tradutores, deixando de lado o sentido literal, utilizam a interpretação de máculas, corrupções ou impurezas. Também traduzido com “venenos da mente” principalmente em textos Mahayana. [Mais] 

ASHI - Perna/pé

ASHOKA – rei indiano (século III) da dinastia Maurya, grande propagador do buddhismo.

ASHVAGHOSHA – poeta e filósofo MAHAYANA indiano (séculos I-II).

assada: gratificação, prazer, gozo. O sentido literal de assada é 'doce sabor'. A gratificação é a satisfação que é proporcionada para as necessidades psicológicas, por exemplo pelos prazeres sensuais.

asubha: não atraente, repulsivo, nojento. O Buda recomenda contemplação desse aspecto do corpo como antídoto para luxúria e complacência. Veja também kayagata-sati.[Mais]

ASURA (sânsc. e pali) – semi-deus, titã; um dos seis GATI.

asura: seres divinos que, tal como os Titãs da mitologia grega, lutaram contra os devas pela superioridade sobre os paraísos e perderam, habitando um dos reinos inferiores. Veja apaya-bhumi.

atapi: ardente. Esta é uma das qualidades mentais necessárias para a prática de meditação Satipatthana e significa a continuidade, manter a mente naquilo que estiver sendo feito, retornar ao objeto de meditação assim que este for perdido.

Atenção plena A prática pela qual uma pessoa está intencionalmente ciente de seus pensamentos e ações no momento presente, sem fazer julgamentos. A 7ª etapa do Nobre Caminho Óctuplo

Atingir o estado de buda (jap. jōbutsu) Tornar-se um buda ou atingir a iluminação. Significa atingir o estado de buda exatamente como a pessoa é, sem mudar o aspecto físico de mortal comum. Este conceito também é conhecido como “atingir o estado de buda como um mortal comum”.

ATISHA DIMPAMKARA SHRIJNANA (sânsc.; tib. JOWOJE/ JO BO RJE) – monge indiano que fundou a escola KADAM do buddhismo tibetano.

ATI-YOGA (sânsc.) – YOGA primordial, DZOGCHEN.

atta: ‘eu’, identidade. No Budismo é uma mera expressão convencional, não sendo a designação de algo que na realidade existe.

atta-ditthi: crença na existência de um ‘eu’, crença ou idéia de uma identidade.

AVALOKITESHVARA (sânsc.; chin. KUAN-YIN, KUAN-HSI-YIN; jap. KANNON, KANZEON, KANJIZAI; tib. CHENREZIG/ SPYAN RAS GZIGS) – no buddhismo MAHAYANA, o BODHISATTVA da grande compaixão.

AVATAMSAKA SUTRA (sânsc.; jap. KEGON-KYÔ) – Discurso da Guirlanda de Flores; texto do buddhismo MAHAYANA de grade importância para as escolas HUA-YEN e KEGON.

AVIDYA (sânsc.; pali AVIJJA; chin. WU-MING; jap. MUMYÔ; tib. MARIGPA/ MA RIG PA) – ignorância, delusão.

avijja: ignorância; sinônimo de delusão, (moha), é a principal causa de todo o mal e sofrimento no mundo, obscurecendo a vista dos seres e impossibilitando que eles vejam a verdadeira natureza dos fenômenos. É a delusão que engana os seres fazendo com que a vida pareça ser permanente, feliz, com substância e bela, evitando que eles vejam que na realidade ela é impermanente, insatisfatória e desprovida de um eu. A Ignorância é definida como o desconhecimento das Quatro Nobres Verdades, isto é, o sofrimento, a sua origem, a sua cessação e o caminho para a sua cessação. A ignorância é uma das impurezas, (asava).[Mais]

AYATANA (sânsc.) – entradra, isto é, os seis órgãos dos sentidos (olhos, ouvidos, nariz, língua, corpo, mente) e, às vezes, refere-se também aos seus seis objetos (cores, sons, odores, sabores, sensações táteis e pensamentos), abarcando do o mundo epistemológico.

ayatana: base ou meio dos sentidos ou sensuais. As bases internas são os órgãos dos sentidos – olhos, ouvidos, nariz, língua, corpo e mente. As bases externas são os seus respectivos objetos.[Mais]  

ayoniso-manasikara: veja manasikara